Em maio de 1930, o
Reverendíssimo Pe José Bernardo Gonçalves pediu-lhe para
responder, por escrito, às seguintes perguntas:
1º – Quando, como e
onde: isto é, dizer a data (se souber), e a ocasião ou o modo como
sentiu essa manifestação da devoção aos 5 sábados?
2º – Condições
requeridas: ou o que é que se requere para cumprir tal devoção.
3º – Vantagens: que
graças se prometem a quem a fizer, pelo menos uma vez.
4º – Porque hão de
ser “5 sábados”, e não 9 ou 7 em honra das Dores de Nossa
Senhora.
5º - Em quem não
puder cumprir com todas as condições no sábado, não satisfará
com os domingos? A gente do campo, por exemplo, não poderá muitas
vezes, por viver longe...
6º – Com relação à
salvação da pobre Rússia, o que é que desejava ou queria?...
No dia 12 de Junho, a
Vidente, que estava de cama com gripe, entregou ao Reverendíssimo Pe
Gonçalves a seguinte resposta:
J.M.J
12-6-1930
Reverendíssimo Senhor
Depois de implorar a
assistência dos Santíssimos Corações de Jesus e Maria, vou,
quanto me for possível, responder às perguntas de V. Rev.ª, no
tocante à devoção dos cinco sábados.
1º – Quando? A
10-12-1925.
Como? Aparecendo-me
Nosso Senhor e a Santíssima Virgem, mostrando-me o seu Imaculado
Coração cercado de espinhos pedindo-me reparação. Onde?
Pontevedra, Travessia de Isabel II: a primeira Aparição, no meu
quarto; a segunda, junto do portão da quinta, onde andava a
trabalhar.
2º – Condições
requeridas?
Durante 5 meses, ao
primeiro sábado, receber a Sagrada Comunhão, rezar o Terço, fazer
15 minutos de companhia a Nossa Senhora, meditando nos mistérios do
Rosário, e fazer uma confissão com o mesmo fim. Esta poder-se-á
fazer em outro dia, contanto que, ao receber a Sagrada Comunhão, se
esteja em graça.
3º – Vantagens ou
promessas:
“As
almas que deste modo Me procurarem desagravar, (fala Nossa Senhora,
prometo assistir-lhes, à hora da morte, com todas as graças
necessárias para a salvação.”
4º – Por que hão de
ser “5 sábados”, e não 9 ou 7, em honra das dores de Nossa
Senhora?
Ficando na capela, com
Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio,
1930, e falando a Nosso Senhor das duas perguntas 4 e 5, senti-me, de
repente, possuída mais intimamente da divina Presença, e, se me não
engano, foi-me revelado o seguinte: “Minha filha, o motivo é
simples: São 5 as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas
contra o Imaculado Coração de Maria.”
1ª
– As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2ª
– Contra a Sua Virgindade;
3ª
– Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La
como Mãe dos homens;
4ª
– Os que procuram publicamente infundir, nos corações das
crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta
Imaculada Mãe;
5ª
– Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens. Eis,
minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me
levou a pedir esta pequena reparação; e, de atenção a ela, mover
a Minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a
desgraça de A ofender. Quanto a ti, procura sem cessar, com as tuas
orações e sacrifícios, mover-Me à misericórdia para com essas
pobres almas.
5º – E quem não
puder cumprir com todas as condições no Sábado, não satisfará
com os domingos? “Será igualmente aceita a prática desta devoção
no domingo seguinte ao 1º sábado, quando os meus sacerdotes, por
justos motivos, assim o concederem às almas.”
6º – Com relação à
Rússia:
Se me não engano, o
nosso bom Deus promete terminar a perseguição na Rússia, se o
Santo Padre se dignar fazer, e mandar que o façam igualmente os
Bispos do mundo católico, um solene e público ato de reparação e
consagração da Rússia aos Santíssimos Corações de Jesus e
Maria, prometendo, Sua Santidade, mediante o fim desta perseguição,
aprovar e recomendar a prática da já indicada devoção reparadora.
(Grifos nosso - Retirado do Livro "O Segredo de Fátima, Edições Loyola)
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